O problema das espécies exóticas invasoras

A preocupação com espécies exóticas invasoras é cada vez mais crescente, visto que estas invasões biológicas, põe em risco a biodiversidade nativa de um local. Mas, antes de uma espécie não nativa se tornar invasora, é necessário que está planta passe por algumas seleções. Pois, nem toda espécie que se instala em uma região; necessariamente, se torna uma espécie invasora. Para ser uma espécie invasora, primeiramente, ela tem que se estabelecer no local, adaptar-se ao clima, solo e disponibilidade de nutrientes. Após se estabelecer, ela precisa ter uma alta capacidade de dispersão/ reprodução. Ao passar por essas fases, aí podemos afirmar que temos uma espécie invasora.

 A introdução desses espécimes, pode ocorrer “naturalmente” ou pela ação antrópica, sendo a segunda, a maior responsável por essa disseminação. No geral, o homem dispersa espécies exóticas, principalmente para fins econômicos, como, por exemplo: forragem para alimentação animal; venda de plantas ornamentais; plantações/ criação animal, para fins alimentícios; produção de materiais de construção (eucalipto). Ou muitas vezes faz isso sem intenção, como, por exemplo: transporte de materiais biologicamente contaminado; no casco de navios ou nas águas de lastro; em pneus de carro ou em até mesmo projetos de reflorestamentos, onde na tentativa de restaurar ambientes degradados, por falta de conhecimento técnico-científico utiliza-se de plantas exóticas e potencialmente invasoras.

 E a preferência de plantas exóticas invasoras por locais ecologicamente perturbados, favorecem exponencialmente o estabelecimento dessas plantas. E o problema é, que na maioria dos casos a simples retirada do espécime não resolve a questão, visto que, a retirada pode acarretar novos desequilíbrios ecológicos. Além disso, a competição entre invasoras e nativas é desleal, já que, a espécie invasora pode ter dispositivos de defesa que prejudica outras espécies ao seu redor. Uma espécie considerada invasora em uma dada região, obrigatoriamente, em outra região ela também pode ser invasora. Tudo depende, do fator de disponibilidade de recurso para a sua propagação.

 No Brasil, existem diversos exemplos de fauna e flora, terrestre ou aquática, que são espécies exóticas invasoras. Mas, alguns casos bem famosos na literatura são: coral sol, javalis e água pé. Todos os exemplos citados, vem trazendo muitos prejuízos para a biodiversidade e para economia. Para erradicar ou mitigar, esses problemas, deve se buscar sempre alternativas para se evitar ao máximo a introdução desses espécimes. O controle biológico com outras espécies nesses casos ele não funciona, apenas agrava. Por isso, investir em educação e fiscalização, ainda são as melhores alternativas.

Bibliografias:

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BLUM, Cristopher Thomas; BORGO, Marília; SAMPAIO, André Cesar Furlaneto. Espécies exóticas invasoras na arborização de vias públicas de Maringá-PR. Rev. SBAU, Piracicaba, v. 3, n. 2, jun. 2008, p. 78-97. Disponível em : <https://revistas.ufpr.br/revsbau/article/view/66347/38197&gt;.Acesso em 15 de mar. De 2021.

ZILLER, Sílvia R.; ZALBA, Sergio. Proposta de ação para prevenção e controle de espécies exóticas e invasoras. Rev. Natureza e Conservação. Vol. 5, n. 2, out. 2007, p. 8-15. Disponível em: < https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/822757/mod_resource/content/1/Ziller%20-%20Zalba%202%20-%20Natureza%20e%20Conservacao%202007%20Portugu%C3%A9s.pdf>.Acesso em: 15 de mar. De 2021.

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