Defensivos agrícolas e padrões de beleza.

A agricultura é uma das atividades econômicas mais importantes. Pois, é graças a ela que temos comida na mesa, pelo menos parte da população. É um setor que está sempre em crescimento e não para. Já que, se agricultores param de produzir população deixa de comer.

Um dos maiores problemas enfrentados pela atividade, é o controle de pregas que a cada ano aumenta o custo de produção. Mas, infelizmente sem defensivos agrícolas e fertilizantes não produziríamos nem metade do alimento que produzimos mundialmente.

A utilização de defensivos agrícolas, foi amplamente alargada depois da segunda grande Guerra Mundial, momento no qual houve desenvolvimento da indústria química. Esses produtos sofreram muitas melhoras. Hoje existem leis que regulamentam a utilização de agrotóxicos; o que é bom. Pois, apesar de ampla dependência de produtos fitossanitários para a produção agrícola; esses agrotóxicos não trazem só benefícios.

Os impactos socioambientais são enormes, principalmente por está associado ao uso indiscriminado por produtores rurais. Os impactos são, principalmente, comprometimento da qualidade do ar, água, solo e risco de intoxicações. Além, de problemas secundários, como a bioacumulação no tecido da fauna e a resistência das pragas aos produtos.

Por isso, que alguns cuidados devem ser tomados ao utilizar fitossanitários, cuidados no manuseio do produto durante a fabricação, transporte e utilização; para aumentar a segurança de quem irá manusear o uso de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) é obrigatório. E antes mesmo de serem vendidos, eles são submetidos a muitos testes, como, estudos físico-químicos; qual é o comportamento do ingrediente ativo, se realmente possui eficiência no controle de pragas e aspectos de tecnologia desejáveis para a segurança. Tudo isso pensado para a minimização de impactos ambientais, pensando nas boas práticas agrícolas.

Mas, o porquê, da necessidade de utilizar defensivos agrícolas? Sabemos que a demanda por alimento é gigante e a exigência do público consumidor é maior. Manter um produto de alta qualidade exige esforço e investimento. Existe alternativas para quem quer consumir um produto mais “natural”. Mas sabemos que para atender expectativas só idealizar não basta, é preciso agradar.

Digo isso, porque quando olhamos toda cadeia produtiva encontramos várias falhas. Sendo que a maior e mais impactante é desperdício de alimentos. Ele inicia-se ainda na colheita, quando o produtor rural joga fora tudo aquilo que foge do padrão de beleza. Exemplos disso, são os abacates que possuem ácaros nas frutas; neste caso o abacate dá para consumir e só tem um problema estético; entretanto ao levar este produto para comercializar, dificilmente terá uma boa aceitabilidade do público. Outro exemplo ainda são os tomates que crescem demais e ficam deformados, estes infelizmente também não passam da lavora, já que também não serão bem aceitos.

É lógico, que os problemas da utilização exacerbada de defensivos agrícolas não estão apenas atrelados aos padrões de beleza; mas existem outros problemas como a degradação do meio ambiente e como já foi dito, a seleção de pragas resistentes. Mas, convenhamos que as exigências de mercado jogam grande pressão em produtores; que praticamente são obrigados a utilizar-se de defensivos agrícolas em exagero. Muitas vezes a quantidade de agrotóxico poderia ser bem menor, para combater apenas pragas que pusessem em risco a produção; mas infelizmente não é isso que acontece.

Sabemos que produzir é necessário, que utilizar fertilizantes e defensivos também é. Mas, que nós consumidores, também criássemos uma consciência maior ao adquirir um produto, não o descriminando pelo simples fato de estar fora do tamanho “padrão” ou apenas por ter uma manchinha superficial que não altera a qualidade. Sejamos consumidores conscientes.

BIBLIOGRAFIAS:

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WCC SALES, PJA CAPIBARIBE, P RAMOS… – Ano – agb.org.br Os agrotóxicos e suas implicações socioambientais. Disponível em: https://www.agb.org.br/wp-content/uploads/2018/03/TL_N01.pdf#page=41. Acesso em: 14 de junho de 2021.

 

Rahde, Alberto Furtado. Defensivos agrícolas: efeitos no homem e no ambiente. Revista do Serviço Público, ano 40 v.111, n. 4, p. 173-176. Disponível em:< http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3765>. Acesso em: 14 de junho de 2021.

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