Radiação, fontes e implicações aos organismos vivos.

O fenômeno da radiação, ocorre quando há uma desintegração nuclear de um elemento radioativo. A energia liberada por um átomo pode ser classificada da seguinte maneira: radiação alfa (α), é de menor intensidade, podendo ser barrada até mesmo por uma folha de papel; sendo assim em contato com seres vivos, ela penetra até a camada mais superficial do tecido. Radiação beta (β), constituída de elétrons, possui um poder de penetração médio, sendo possível que seja barrado por madeira; e em tecidos vivos, pode penetrar até centímetros adentro. Radiação gama (γ), os raios gama, são ondas eletromagnéticas de alta energia, sendo assim, possuem alto poder de penetração, atravessa chumbo e concreto; por isso, é uma das radiações potencialmente mais prejudiciais aos seres vivos.

As principais fontes, naturais, de radiação iônicas; são as radiações cósmicas. Essas, como o nome pressupõe, é a energia que recebemos de coisas externas ao planeta terra. A radiação cósmica, afeta mais os polos; pois, nas zonas equatoriais a radiação cósmica é desviada pelo campo magnético. Outro ponto que influencia a quantidade de energia recebida é a variação de altitude, pois quanto mais alto o local, menor é a sua proteção de camada atmosférica. E temos as radiações terrestres, que provém de rochas, solo, água e alimentos, onde há presença de elementos químicos radioativos. Quando nos alimentamos, bebemos água ou respiramos, partículas radioativas, elas se acumulam nos tecidos e tendem a liberar isótopos de metais pesados. Além das fontes naturais existem ainda as fontes artificiais; que são: energia nuclear, testes nucleares, equipamentos de radioterapia e detectores de fumaça.

Toda essa radiação de um modo ou de outro entra em contato conosco, seja pela ingestão, inalação ou contato indireto e direto com elementos radioativos. Na cadeia alimentar, peixes e plantas se contaminam com esses isótopos, que se acumulam nos tecidos e são passados adiante para consumidores secundários e terciários; fazendo com que a bioacumulação cresça exponencialmente ao longo da cadeia alimentar. E os malefícios disso, refletem-se no surgimento de doenças como o câncer, pois uma vez que os elementos radioativos liberam seus isótopos, esses atingem diversos órgãos.

Um exemplo é o elemento Radônio, encontrado em diversas fontes naturais de radiação, que é um gás inerte, inodoro e insípido, sete vezes mais pesado do que o ar, ao entrar pela via respiratória, se acumula nos alvéolos pulmonares, resultando em câncer de pulmão. Além disso, ao sermos atingidos por radiações ionizantes, os elétrons livres interagem com as proteínas, resultando na quebra de ligações e alterações da estrutura. E se as quantidades forem grandes, de radiação recebida, pode causar alterações estruturais no DNA, interferindo na reprodução e síntese proteica. Mas em contrapartida, é graças as aplicabilidades da radiação que possuímos diversos exames radiológicos que nos permitem diagnósticos precisos, além disso, as partículas de radiação beta, são utilizadas para o tratamento de câncer.

REFERÊNCIAS:

MAZZILLI, Bárbara Paci; MÁDUAR, Marcelo Francis e CAMPOS, Marcia Pires de. Radioatividade no meio ambiente e avaliação de impacto radiológico ambiental. Divisão de Ensino – Secretaria de Pós-Graduação 2 TNA-5754. Disponível em: < https://intranet.ipen.br/portal_por/conteudo/posgraduacao/arquivos/201103311026310-Apostila%20TNA-5754%20abr-2011.pdf&gt;. Acesso em: 04 de setembro de 2021.

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