Biorremediação no tratamento de combustíveis fósseis

A biorremediação, vem ganhando espaço como nova técnica de recuperação de áreas degradadas. Em síntese, essa técnica consiste em utilizar microrganismo que naturalmente, já são responsáveis pela ciclagem de nutrientes; e utilizá-los na decomposição de moléculas recalcitrantes (moléculas de difícil degradação) e moléculas xenobióticas (moléculas “estranhas”, criadas pelo homem). É uma técnica de baixo custo de adesão, alta eficiência e possui a capacidade de degradar, remover e neutralizar compostos orgânicos.

Os microrganismos mais utilizados para essa técnica são as bactérias e os fungos.  A reversão de contaminantes, utilizando microrganismos; reduz os custos e danos ambientais, diminui ou remedia os componentes químicos. Dentro das características que os definem como eficiente, são: crescimento rápido, versatilidade metabólica, plasticidade genética e rápida adaptação a variações do meio.

Além disso, a biorremediação de hidrocarbonetos, quando realizada com bactérias, foi mais efetiva; já que, houve a degradação de hidrocarbonetos aromáticos, sem subprodutos carcinógenos. Entretanto, a biorremediação de áreas afetadas por petróleo, torna-se muito eficaz, caso haja uma seleção assertiva dos microrganismos que serão utilizados na degradação da molécula desejada.

Outro fator que interferirá nos resultados, é o mantimento das condições favoráveis, para manutenção das atividades biológicas desses seres vivos. Sendo assim, temperatura, PH e umidade, devem ser controladas para maximizar os resultados esperados. Além disso, como o petróleo possui diversos compostos em sua cadeia, há a necessidade de adição de diversos gêneros e espécies, de bactérias. Porém, mesmo assim é necessário que se realize um estudo prévio, que busca reduzir as chances de fracasso no processo; como por exemplo: os poluentes presentes serem incompatíveis com o processo de implementação ou a taxa de biorremediação se tornar baixa ao longo do tempo.

Por tanto, a biorremediação, se for realizada da maneira correta e houver um monitoramento de todo processo; se torna uma eficiente maneira de despoluir ambientes afetados por hidrocarbonetos.

REFERÊNCIAS:

Andrade, Juliano de Almeida, Augusto, Fabio e Jardim, Isabel Cristina Sales fontes Biorremediação de solos contaminados por petróleo e seus derivados. Eclética Química [online]. 2010, v. 35, n. 3, pp. 17-43. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-46702010000300002&gt;. Acessado 26 agosto 2021.

Jacques, Rodrigo Josemar Seminoti et al. Biorremediação de solos contaminados com hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Ciência Rural [online]. 2007, v. 37, n. 4, pp. 1192-1201. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-84782007000400049&gt;. Acessado 26 agosto 2021.

Martins, Vilásia Guimarães, Kalil, Susana Juliano e Costa, Jorge Alberto VieiraCo-produção de lipase e biossurfactante em estado sólido para utilização em biorremediação de óleos vegetais e hidrocarbonetos. Química Nova [online]. 2008, v. 31, n. 8, pp. 1942-1947. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0100-40422008000800005&gt;. Acessado 26 agosto 2021.

SPILBORGHS, Maria Cristina Frascá. Biorremediação de aquífero contaminado por hidrocarboneto. 1997. Dissertação (Mestrado em Recursos Minerais e Hidrogeologia) – Instituto de Geociências, University of São Paulo, São Paulo, 1997. Acesso em: 26 de agosto de 2021.

Jacques, Rodrigo Josemar Seminoti et al. Biorremediação de um solo contaminado com antraceno sob diferentes condições físicas e químicas. Ciência Rural [online]. 2010, v. 40, n. 2, pp. 280-287. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-84782010000200009&gt;. Acessado 26 de agosto 2021.

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